A ajuda a gás, um dos principais programas sociais do governo federal, pode passar por ajustes significativos. O Ministério das Finanças, liderado por Fernando Haddad, se prepara para enviar ao Congresso Nacional uma proposta para reestruturar o programa. O objetivo é garantir sua continuidade e expansão dentro das novas regras tributárias, definidas pela estrutura tributária. A mudança visa contemplar mais beneficiários, mas existem desafios fiscais e orçamentários que precisam ser superados.
Ajuda a gás e suas implicações sociais

O Gás Seu principal objetivo é oferecer subsídios para a compra de cilindros a gás de cozinha, ajudando as famílias em vulnerabilidade social. Desde a sua criação, o programa busca aliviar a carga financeira de milhões de brasileiros que, devido ao aumento dos preços dos combustíveis e do gás, acham difícil pagar os custos básicos para o cozimento.
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Em sua versão atual, o programa já atende a milhões de famílias, com um valor significativo do orçamento federal destinado a essa causa. O governo demonstrou interesse em expandir o benefício, atingindo até 22 milhões de residências até o final de 2025. A medida visa não apenas aliviar a carga financeira dessas famílias, mas também para promover maior igualdade social.
O orçamento e o desafio fiscal
No entanto, essa expansão do programa encontra obstáculos na área de impostos. A promessa de aumentar o número de beneficiários depende diretamente da disponibilidade de recursos dentro do orçamento do governo, o que requer um planejamento cuidadoso.
Segundo fontes ouvidas por transmissão, a ausência de previsão do orçamento Gás Em 2025, pode resultar em perguntas do Tribunal Federal de Auditoria (TCU), que já conheceu programas com falhas no orçamento, como a etapa.
Desenho da nova proposta de ajuda a gás
O governo federal já apresentou ao Congresso o Projeto de Lei Nº 3.335/24, o “gás para todos”, a fim de reformular a distribuição da ajuda para expandir seu alcance. O projeto está sendo processado na Câmara dos Deputados, sob o Relator do Deputado Hugo Leal (PSD-RJ), e fornece uma série de mudanças na operação do programa.
Uma das propostas centrais do projeto é a criação de um desconto de pelo menos 50% no valor do cilindro de gás, o que representa uma redução significativa nos custos para famílias de baixa renda. Além disso, a proposta estabelece que as empresas de petróleo, como a Petrobras, devem transmitir valores diretamente ao CAIXA Econônica federal, correspondendo ao excedente do marketing de petróleo pré-sal. Essa transferência seria compensada por uma dedução das obrigações fiscais das empresas com o sindicato.
O papel de Petrobras e o ajuste fiscal
A proposta não apenas visa aumentar o número de beneficiários, mas também criar uma fonte de recursos mais estáveis e vinculada a um ativo estratégico, como o petróleo. A intenção do governo é que as receitas geradas pelo excedente de petróleo pré-sal sejam aplicadas para financiar o auxílio a gás, sem depender exclusivamente de recursos de orçamento direto.
No entanto, essa estratégia levanta questões sobre a viabilidade de sua operação, especialmente em relação à remuneração tributária das empresas e ao impacto que a dedução da receita pode causar nas finanças públicas.
Debate no Congresso Nacional
A proposta do governo já encontra reações variadas no Congresso Nacional. Enquanto alguns parlamentares recebem a expansão do programa e a maneira como ele pode beneficiar as famílias mais carentes, outros questionam a origem dos recursos e a sustentabilidade financeira da medida.
O processamento do projeto de lei nº 3.335/24 pode envolver discussões intensas sobre o financiamento do programa, especialmente no que diz respeito ao impacto das deduções fiscais nas empresas de petróleo. Isso pode afetar a estabilidade fiscal e as receitas do governo.
O papel do Tribunal Federal de Auditores
Além das discussões no Congresso, o Tribunal Federal de Contas (TCU) também monitora de perto o progresso do programa. O Tribunal preocupou-se com a inclusão de despesas fora do orçamento, como aconteceu com o programa Pé-de-Péca-Degrey e deve acompanhar a execução do auxílio a gás para garantir que os recursos sejam devidamente previstos no orçamento de 2025.
A TCU já alertou a necessidade de cumprir as regras do orçamento, e qualquer mudança significativa nos critérios de ajuda a gás deve ser bem documentada e justificada perante o Tribunal.
Desafios e perspectivas
Com o orçamento de 2024 já definido e a previsão de R $ 600 milhões para auxílio a gás, a expansão do programa exigirá ajustes substanciais. O valor estimado de R $ 13,6 bilhões, conforme anunciado pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, representa um desafio para a execução do orçamento. Se o governo não puder prever esses recursos dentro da Lei Orçamentária Anual de 2025 (LOA), a expansão do programa poderá ser comprometida.
A questão do orçamento é agravada pela necessidade de equilibrar o aumento dos benefícios com o cumprimento das metas fiscais estabelecidas pelo governo. O ajuste fiscal tem sido uma prioridade, e as propostas que envolvem grandes despesas com cuidados precisam ser cuidadosamente analisadas para evitar desequilíbrios nas contas públicas.
Expansão do programa e seus efeitos

Se o novo projeto de ajuda a gás for aprovado e os recursos necessários forem possíveis, o impacto social poderá ser significativo. Milhões de famílias podem se beneficiar, e o alívio financeiro pode trazer mais estabilidade às populações mais vulneráveis. No entanto, isso exigirá um gerenciamento eficiente e transparente para garantir que os recursos sejam aplicados corretamente e que o programa atenda aos seus objetivos.
Considerações finais
O futuro da ajuda a gás depende da capacidade do governo de ajustar sua proposta dentro das novas regras tributárias e garantir que os recursos necessários sejam alocados no orçamento de 2025. A expansão do programa é uma prioridade, mas também representa um desafio fiscal considerável. O processamento no Congresso e a supervisão do TCU serão decisivos para a viabilidade da proposta.