Na quinta -feira (20), o Congresso Nacional aprovou o texto base do orçamento da União para 2025, com um excedente de R $ 15 bilhões. A proposta, que deveria ter sido votada no ano passado, acabou sendo adiada devido a um impasse envolvendo o pagamento e a transparência das emendas parlamentares.
A aprovação do orçamento de 2025 não apenas reflete uma expectativa de melhoria na coleta do governo, mas também traz mudanças importantes nos recursos para áreas como programas de saúde, educação e social.
Atraso na aprovação do orçamento de 2025

O atraso na aprovação do orçamento de 2025 foi motivado pela necessidade de maior transparência no destino das emendas parlamentares. O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de uma decisão do ministro Flávio Dino, exigiu que o Congresso identificasse claramente a autoria das emendas, incluindo bancos estaduais e comitês temáticos.
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Esse requisito teve como objetivo garantir mais clareza sobre o uso de recursos públicos, o que causou um impasse entre os parlamentares e o governo.
Após essa negociação, o Congresso aprovou a proposta com as modificações apropriadas, permitindo que o governo use totalmente os recursos fornecidos para 2025.
Destino de recursos no orçamento de 2025
Emendas parlamentares: R $ 50 bilhões
Um dos principais pontos do orçamento de 2025 é a alocação de R $ 50 bilhões para as emendas parlamentares. Essas emendas são recursos dirigidos por deputados e senadores para suas bases eleitorais, com o objetivo de financiar projetos de interesse local. O valor é distribuído da seguinte forma:
- R $ 24,7 bilhões Eles serão destinados a emendas individuais, permitindo que cada parlamentar escolha os projetos a serem financiados em sua região.
- R $ 14,3 bilhões Eles serão distribuídos entre os bancos estaduais, atendendo às demandas específicas de cada estado.
- R $ 11,5 bilhões Eles serão reservados para as emendas da Comissão, que não têm execução obrigatória, mas ainda são importantes para o planejamento de ações.
Autonomia em emendas
O relator do orçamento incluiu um dispositivo que impede o governo de cancelar emendas sem autorização dos autores. Essa medida é uma resposta às críticas do Congresso, que contestou decisões de STF que limitaram a distribuição desses apelos. Além disso, há uma previsão de que outros US $ 11 bilhões serão divulgados aos parlamentares, permitindo uma maior autonomia na gestão de recursos públicos.
Esse total de R $ 60 bilhões (responsável pelas emendas já autorizadas e os recursos adicionais) será fundamental para o financiamento de vários trabalhos e projetos de infraestrutura nas regiões representadas pelos parlamentares.
Situação do Programa de Passos
Outro ponto relevante no orçamento de 2025 é a falta de recursos para o Pé-de Péda de Pédia, que visa incentivar a permanência de jovens de baixa renda no ensino médio. O governo alocou apenas R $ 1 bilhão, bem abaixo dos R $ 13 bilhões estimados para financiar as ações do programa em 2025. Essa discrepância gerou preocupações, principalmente porque o programa é considerado essencial para a inclusão educacional de jovens vulneráveis.
O Relator de Orçamento afirmou que o restante dos fundos será incluído ao longo do ano, através de novos créditos aprovados pelo Congresso. O Tribunal Federal de Auditoria (TCU) determinou que o governo tem até 120 dias para regularizar essa situação e garantir os recursos necessários para o programa.
Ajustes no salário e ajustes mínimos para servidores
Salário mínimo e ajustes salariais
O orçamento de 2025 prevê um aumento no salário mínimo, que será de US $ 1.518 a partir de janeiro. Esse valor foi ajustado para atender às necessidades de um cenário econômico que permanece desafiador para a população de baixa renda.
Além disso, o governo alocou R $ 27,9 bilhões para os ajustes salariais dos funcionários públicos, um ponto importante que reflete as reivindicações de várias categorias, que aguardam uma correção em seus salários devido à inflação acumulada nos últimos anos.
Propostas públicas e investimentos em novas oportunidades
O orçamento também fornece recursos para a realização de novas propostas públicas, incluindo uma nova edição da competição nacional unificada (CPNU). Isso representa uma tentativa do governo de garantir que novas oportunidades de emprego público sejam oferecidas, especialmente em áreas críticas, como saúde, segurança e educação.
Distribuição de recursos por ministério
Ministérios prioritários
A proposta de orçamento de 2025 também distribui recursos entre os ministérios do governo, especialmente as áreas de saúde e educação:
- Ministério da Saúde: O orçamento alocado R $ 246 bilhões Para o Ministério da Saúde, um valor maior do que o solicitado inicialmente pelo governo. Esse aumento visa garantir financiamento adequado para ações de saúde pública, especialmente em um período pós -pandeia.
- Ministério da Educação: Para o Ministério da Educação, eles foram alocados R $ 197 bilhõesque representa um valor abaixo do que o governo propôs inicialmente. Essa redução gerou críticas dos setores educacionais, que argumentam que o valor é insuficiente para garantir a qualidade da educação no país.
- Ministério do Meio Ambiente: O Ministério do Meio Ambiente receberá R $ 4,2 bilhõesum valor um pouco mais alto do que o esperado inicialmente.
Bolsa Familia e outros programas sociais

A Bolsa Familia, um dos programas sociais mais importantes do país, terá um orçamento de US $ 159 bilhões. No entanto, esse valor é de R $ 7,7 bilhões abaixo do valor solicitado pelo governo. A redução será compensada aumentando os recursos para outros programas, como o Gas Valley, que terá US $ 3 bilhões em 2025.
Essa redistribuição de recursos entre os programas sociais reflete a tentativa do governo de expandir a rede de proteção social e atender às necessidades da população mais vulnerável.
Considerações finais
A aprovação do orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional, com um excedente de R $ 15 bilhões, representa um avanço significativo para a gestão fiscal do governo. No entanto, os desafios relacionados à transparência no destino das emendas parlamentares e a adequação dos recursos para programas essenciais, como o pé, ainda precisam ser monitorados de perto.