Como você pagou suas compras em 2024? E como você pagará em 2030? Essas perguntas podem parecer simples, mas refletem profundas transformações no comportamento do consumidor e a evolução dos meios de pagamento. Um novo relatório de WorldpayUma empresa especializada em soluções financeiras globais, mapeou essa mudança e trouxe números impressionantes sobre o declínio do dinheiro e o avanço de pix, cartões e carteiras digitais.
O estudo faz parte do O Relatório de Pagamentos Globais 2025 e analisou dados de 66.749 consumidores em 40 paísesincluindo o Brasil. A pesquisa ressalta que o uso de dinheiro em espécie é uma queda livre, enquanto a mídia digital, como PIX e cartões, ganha força nas transações de face -a -face e e -comércio.
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O fim da idade em dinheiro?
Queda drástica nas notas no Brasil
Em 2014, 68% das transações em pontos físicos de venda (POS) no Brasil foram feitos com dinheiro. Dez anos depois, esse número caiu para 17% em 2024. E a expectativa é alcançar Apenas 9% até 2030De acordo com as projeções do mundo.
A tendência segue a evolução do comportamento do consumidor, que começou a considerar o dinheiro físico como inconveniente, mal seguro e limitado. O relatório ressalta que o dinheiro “é suscetível de perda ou roubo, geralmente é inconveniente, especialmente para compras grandes, e requer esforço e despesas a serem gerenciados”.
A situação global reflete o mesmo caminho
O cenário brasileiro não está isolado. Globalmente, o uso de dinheiro no POS caiu de 44% em 2014 a 15% em 2024. Mesmo em países com forte tradição em notas como o Japão (39%), Filipinas (47%), Nigéria (40%), Indonésia (38%), Alemanha (35%) e Colômbia (33%), a projeção é um declínio constante nos próximos anos.
A ascensão meteórica do pix

Pix: da novidade ao fenômeno
Desde a sua criação pelo banco central em 2020, o Pix tornou -se o queridinho dos brasileiros. Prático, livre e instantaneamente, ele virou a maneira como o consumidor lida com pagamentos, transferências e até recibos.
O relatório mostra que o pix já é responsável por:
- 41% das transações no comércio eletrônico brasileiro
- 32% das transações em lojas físicas
“Pix é um fenômeno verdadeiro, não apenas por seus números expressivos, mas também pelo interesse que despertou em países como o Reino Unido e os Estados Unidos, sem mencionar a forte influência na América Latina”, diz ele Juan Pablo d´antochiaGerente Geral de Worldpay para a Região.
Além da velocidade, o ausência de tarifasPara consumidores e pequenos comerciantes, explica o sucesso do sistema.
Futuro promissor
Especialistas projetam que a participação do PIX continuará a crescer, especialmente com a expansão de recursos como Pix garantido (para pagamentos futuros e parcelados) e o Pix automáticoque promete competir diretamente com débito automático e deslizamentos.
O cartão segue forte – apenas digital
Cartões físicos ainda são relevantes
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Crédito, débito e cartões pré -pagos não perdeu relevância com o avanço do PIX. Pelo contrário, eles continuam sendo o base de suporte para muitos outros meios digitais.
Em 2024, os cartões foram responsáveis por:
- 39% do volume negociado no comércio eletrônico brasileiro
- 45% das transações globais, adicionando POS e comércio eletrônico
O que mudou foi a forma de uso. Os cartões estão sendo incorporados em carteiras digitaisUsado para pagamentos de aproximação, via telefone celular ou smartwatch. De acordo com o Worldpay, 56% das carteiras digitais são alimentadas com cartões.
Adicionando uso direto e indireto (via carteiras), os cartões participaram de 65% dos gastos do consumidor em 2024.
Pagamento de parcelas como um diferencial competitivo
Dada a competição com o pix, o Bandeiras de cartão de crédito têm investido em soluções de parcelamento diretamente na máquinasem a necessidade de intermediação de varejistas. Isso atraiu consumidores que desejam mais previsibilidade dos gastos e condições de pagamento flexíveis.
Além disso, as empresas do setor têm Aposta em inovação tecnológica Para garantir uma experiência de uso fluido, seguro e moderno.
As carteiras digitais ganham espaço
O que são e como eles funcionam?
Portfólios digitais, como Apple Pay, Google Wallet e Samsung Pay, permitem que o consumidor registre cartões de crédito e débito e pague pela abordagem ao telefone móvel ou smartwatch.
Este tipo de solução foi popularizado entre jovens e usuários de grandes centros urbanosonde o acesso à tecnologia é mais amplo.
Relevante
De acordo com o relatório, as carteiras digitais:
- Já são usados por Milhões de brasileiros diariamente
- Estão substituindo a necessidade de carregar o cartão físico
- Oferecer Recursos de segurança, como autenticação biométricaque aumentam a confiança do usuário
Em todo o mundo, a tendência é crescimento rápidoimpulsionado pela varredura dos assentos e pela disseminação de smartphones.
Tendências até 2030
O que esperar pelos próximos anos?
O relatório de pagamentos globais aponta alguns Cenários prováveis para 2030Se as tendências atuais permanecerem:
- O dinheiro terá uma parte inferior a 10% nas transações de face -a -face
- PIX pode exceder 50% do uso no POS e no comércio eletrônico no Brasil
- Os cartões permanecerão relevantes, mas quase sempre integrados com carteiras digitais
- Pagamentos invisíveiscomo os feitos pelo reconhecimento facial, NFC ou integração com aplicativos, ganharão força
A inovação não para

O avanço da tecnologia, juntamente com o crescente interesse por experiências mais ágeis e seguras do consumidordeve consolidar um cenário em que o pagamento se torne algo cada vez mais fluido, menos perceptível e mais automatizado.
Empresas de tecnologia financeira (fintechs), bancos digitais e grandes varejistas estão disputando espaço e inovando com suas próprias soluções, inclusive com Sistemas de lealdade e reembolso integrado aos métodos de pagamento.
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