Banco famoso é multado em R$ 2,7 milhões por práticas abusivas em empréstimos consignados


O Banco Safra está no centro de uma controvérsia após ser multado em R $ 2,7 milhões por práticas abusivas no lançamento de empréstimos para folha de pagamento. A sanção foi aplicada pelo Procon-MG após a identificação de situações em que o banco executou operações de crédito a pagar sem ordem ou consentimento dos clientes.

A situação levantou preocupações sobre o respeito pelos direitos dos consumidores e o crescente risco de superestividade, especialmente entre os públicos mais vulneráveis.

A investigação começou após queixas de clientes que receberam valores em conta sem solicitação prévia, que levantaram questões sobre a conduta da instituição e reacenderam o debate sobre proteção do consumidor no mercado financeiro.

A origem do caso

Fachada de um edifício Banco Safra com o logotipo da instituição loginária vertical
Imagem: Alf Ribeiro / Shutterstock.com

A queixa individual iniciou a investigação

O processo começou em 26 de março de 2025, quando um consumidor se reportou ao ombudsman do Serviço de Promotoria Pública de Minas Gerais (Mpmg) que haviam recebido um empréstimo de folha de pagamento em sua conta sem qualquer solicitação ou autorização. A partir dessa queixa isolada, o Procon-MG começou a investigar a conduta do Banco Safra.

Leia mais: BNDES disponibilizará mais de US $ 4 bilhões em crédito para o Plano Safra

Expansão da investigação

Durante as descobertas, centenas de queixas semelhantes foram identificadas em plataformas públicas como reclamar aqui e o portal do consumer.gov.br. A recorrência dos relatórios indicou um possível padrão de conduta abusiva pelo banco, o que levou à intensificação da inspeção pelas agências de proteção ao consumidor.

Dados alarmantes

Alto volume de reclamações

A pesquisa realizada pela MPMG revelou que entre 2015 e 2020 foram registradas 4.789 queixas No Sistema Nacional de Informações de Proteção ao Consumidor (SINDEC) relacionado ao Banco Safra, especificamente sobre a concessão de empréstimos para folha de pagamento.

Ocorrências policiais

Além das queixas administrativas, o Sistema de Registro de Eventos de Defesa Social (REDS), do estado de Minas Gerais 458 ocorrências policiais relacionado a práticas semelhantes.

Práticas denunciadas

Crédito sem solicitação

Vários consumidores relataram ter recebido depósitos de empréstimos consignados diretamente em suas contas bancárias, mesmo sem solicitar nenhuma linha de crédito do banco.

Falta de informação

Outro ponto recorrente nas reclamações diz respeito à ausência de informações claras sobre as condições do contrato. Os clientes afirmam que não foram informados sobre as taxas de juros, termos de pagamento e conseqüências do não cumprimento dos contratos.

Assédio comercial

Além das práticas operacionais, casos de assédio comercialCom tentativas insistentes de vender crédito, incluindo idosos e pessoas com baixa educação, um grupo considerado especialmente vulnerável pela lei de sobrevivência.

Base legal da penalidade

Lei de sobrenominação

A multa aplicada ao Banco Safra é baseada em Lei nº 14.181/2021conhecido como Lei de sobrenominaçãoque alterou o código de proteção ao consumidor para incluir regras de proteção ao consumidor mais rígidas em endividamento excessivo.

Código de proteção ao consumidor

Além disso, a prática de conceder crédito sem consentimento configura uma violação direta do Artigo 39 do CDCque proíbe o fornecimento de produtos ou serviços sem solicitação prévia.

Reação bancária

Colheita
Imagem: Daniel Constant/Shutterstock.com

Em uma nota enviada ao Procon-MG, o Banco Safra alegou que suas operações estão de acordo com as regras estabelecidas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e que seus procedimentos seguem o que determina o Código de Proteção ao Consumidor.

Durante o processo, o banco recebeu um contrato de ajuste de conduta (TAC) e uma transação administrativa (TA) como alternativas à multa, mas ambas foram rejeitadas pela instituição financeira, que preferiu seguir a contestação formal.

Considerações finais

A multa de US $ 2,7 milhões aplicada ao Banco Safra é mais do que uma sanção administrativa – é um alerta para todo o setor bancário sobre a necessidade de respeito pelos padrões de proteção do consumidor. O caso não apenas expõe falhas operacionais, mas também uma cultura de desrespeito pela autonomia do cliente, especialmente quando é vulnerável.

Numa época em que o país enfrenta altas taxas de endividamento populacional, é essencial que as instituições financeiras adotem práticas transparentes e éticas. O fortalecimento da supervisão, juntamente com a conscientização do consumidor, é a maneira mais eficaz de evitar abusos e garantir um mercado de crédito mais justo e responsável.



Fonte Seu Crédito Digital

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