Muitas pessoas optam por iniciar seu próprio negócio para agir de forma independente, oferecendo serviços diretamente aos clientes. No entanto, outros preferem manter um emprego com um contrato formal, mesmo com um CNPJ, e têm dúvidas sobre a compatibilidade entre essas duas formas de trabalho.
Neste artigo, abordaremos se é possível ter um CNPJ e um trabalho formal ao mesmo tempo, quais são as restrições e obrigações legais e como gerenciar as duas atividades sem riscos.
Posso trabalhar com as duas opções?

Sim, é possível conciliar um emprego com um contrato formal e um CNPJseja como MEI (microentreepresário individual) ou em outro regime de negócios. No entanto, existem algumas regras que precisam ser seguidas para evitar problemas de mão -de -obra e fiscal.
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O que é Mei?
Mei é um regime tributário simplificado criado para incentivar pequenos empreendedores no Brasil. Entre suas principais vantagens estão:
- Isenção fiscal federal;
- FATO FATO DA FATURA;
- Formalização rápida e simplificada;
- Acesso a benefícios do Seguro Social, como aposentadoria e licença de maternidade.
Por outro lado, o MEI também tem algumas limitações:
- Receita anual máxima de R $ 81 mil;
- Permissão para contratar apenas um funcionário;
- Proibição de ser parceiro de outra empresa.
O que é CLT?
A consolidação das leis trabalhistas (CLT) regula as relações entre empregadores e funcionários no Brasil. Esta legislação garante vários direitos, como:
- Salário mínimo regulado;
- Férias pagas;
- 13º salário;
- Fundo de garantia de tempo de serviço (FGTS);
- Dia de trabalho regulado.
Eu tenho um CNPJ, posso ser CLT?
Sim, é permitido ter um CNPJ e trabalhar com um contrato formal ao mesmo tempo. No entanto, existem algumas restrições que devem ser observadas:
- Mei não pode ter mais de um trabalho CLT simultaneamente;
- O trabalhador não pode prestar serviço à mesma empresa em que está registrado como CLT através de seu CNPJ;
- O contrato de trabalho pode conter cláusulas de exclusividade que impedem o trabalhador de ter outro vínculo profissional.
Quem é um parceiro da empresa pode ter um contrato formal?
Sim, desde que não haja conflito de interesses com o emprego formal. Algumas empresas podem impor restrições ao contrato social que impedem que os membros sejam funcionários de outras empresas.
CLT e Mei: direitos
Pis
O microentreepreneiro individual (MEI) não tem direito a PIs exclusivamente para sua categoria. No entanto, se a pessoa também trabalhar como CLT e atender aos critérios necessários, poderá receber o benefício normalmente.
FGTS
Somente trabalhadores com um contrato formal têm direito a FGTs, pois o MEI não coleta essa contribuição.
Seguro de desemprego
Se um trabalhador da CLT que também é MEI for demitido sem causa, ele poderá solicitar o seguro de desemprego, desde que seu CNPJ não tenha receita nos meses anteriores à solicitação.
Mei obrigações fiscais
O MEI deve pagar uma contribuição mensal por meio do simples documento de coleção nacional (DAS). Os valores em 2024 são:
- Comércio e indústria: R $ 71,60
- Serviços: R $ 75,60
- Comércio e serviços: R $ 76,60
- Portador de carga autônomo: R $ 169,44
O pagamento deve ser feito até 20 de cada mês para manter a regularidade do CNPJ.
Posso emprestar da CNPJ e assinar carteira?

Sim, aqueles que têm CNPJ e trabalham como CLT podem solicitar diferentes tipos de empréstimos, como:
- Empréstimo pessoal: Menos burocrático, mas com taxas de juros mais altas.
- Empréstimo de garantia: Taxas reduzidas através da ligação de um bem.
- Financiamento: Destinado à aquisição de imóveis ou veículos.
- Microcrédito: Específico para pequenos empreendedores.
- Empréstimo da folha de pagamento: Desconto diretamente na folha de pagamento.
- Antecipação de FGTs: Disponível para aqueles que ingressaram na retirada da AnaQuenal.
Considerações finais
Ter um CNPJ e trabalhar com um contrato formal é possível, mas requer atenção às regras para evitar problemas legais e financeiros. Se você decidir seguir esse caminho, é essencial planejar e garantir que ambas as atividades sejam sustentáveis e compatíveis.
Antes de tomar qualquer decisão, consulte um contador ou advogado trabalhista para esclarecer qualquer dúvida e evitar complicações futuras.