O governo federal está prestes a implementar uma das mudanças mais aguardadas por milhões de microentreepredores brasileiros: a expansão do limite anual de receita para o enquadramento no regime do regime Microentreepreneur individual (MEI). O ministro do Empreendedorismo Márcio França revelou que a proposta em estudo prevê um modelo de taxas progressivasem que apenas a parte das receitas que excede o limite atual de R $ 81 mil seria tributada com uma maior contribuição para o INSS.
A medida é apoiada pelos setores do governo e está sendo considerada no contexto da reforma tributária aprovada no final de 2023, cujo regulamento está na fase de elaboração. Entenda neste artigo o que muda, quais propostas em jogo e o que isso significa para quem é ou pretende ser MEI.
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Por que o teto R $ 81 mil está desatualizado?
O valor de R $ 81 mil anuaisque permite o registro em Mei, não foi atualizado desde 2011. Desde então, a inflação acumulada – medida principalmente por INPC – excedida 122%. De acordo com os cálculos técnicos, se esse valor fosse corrigido pela inflação, o teto hoje seria cerca de R $ 179.800. Isso significa que milhares de microentreepredores acabam excedendo o limite atual, não expandindo significativamente seus negócios, mas apenas seguindo o aumento natural dos preços.
Com o limite congelado por mais de uma década, muitos trabalhadores informais que regularizaram suas atividades, pois MEI estão sendo forçados a migrar para as categorias mais complexas de Simles Nacional, enfrentando Burocracia, custos mais altos e perda de competitividade.
A proposta da proposta: como funcionaria?
O ponto principal defendido por Márcio França é o criação de uma “escada tributária”semelhante ao usado no imposto de renda individual. Nesta lógica, Somente o valor que excede o teto atual (R $ 81 mil) seria tributado com um maior taxasem prejudicar o benefício da redução da tributação nos primeiros R $ 81 mil de receita.
“O que excede US $ 81.000, apenas a diferença, você pagaria por outra taxa”, explicou o ministro.
Essa proposta permitiria que o MEI crescesse gradualmente, sem ser penalizado abruptamente com a exclusão automática do regime simplificado. Atualmente, ao superar o teto, o empreendedor perde automaticamente os benefícios do MEI e agora é enquadrado em categorias com requisitos contábeis mais rígidos.
Quais são os valores em estudo?
Várias propostas processam no Congresso e sugerem novos limites ao MEI. Os principais valores discutidos são:
- R $ 108 mil anuais: Defendido pela equipe econômica
- R $ 130 mil: Valor previsto no PLP 108/2021
- R $ 140 mil: Estimativa de grupos de negócios
- R $ 179,8 mil: Valor defendido com base na inflação acumulada
Entre as propostas, o projeto de lei 108/2021 é o mais avançado. Ele prevê:
- Novo teto de R $ 130 mil por ano
- Possibilidade de contratando até dois funcionários com um contrato formal (hoje é permitido)
Por que isso é importante para os microentreepredores?

A expansão do limite de receita permitiria que os microentreepredos crescessem de forma sustentável sem um Pequena evolução da receita os forçam a mudar a categoria e lidar com taxas fiscais e burocracias mais altas.
Além disso, ao aplicar uma taxa progressiva, o governo garante:
- Justiça tributária: Quem ganha mais, paga mais – proporcionalmente
- Preservação da simplicidade de Mei Para pequenos empreendedores
- Estimulando a formalização de novos negócios
Segundo dados do governo, o Brasil atualmente tem Cerca de 16,5 milhões de meis Ativo, um número que cresceu rapidamente nos últimos cinco anos. A maioria está em setores como comércio de varejo, beleza, comida e serviços gerais.
O impacto nos empreendedores
O regime MEI é especialmente importante para as mulheres, que representam mais do que 50% do total de microentreepresores no país – e atingir 70% nas regiões do nordeste. Para muitos deles, o MEI é o porta de entrada para o mercado formalcom acesso a benefícios como INSs, subsídio de maternidade e aposentadoria.
No entanto, os dados mostram que o MEI Mulheres ganham uma média de 32% menos que os homens. Isso se deve a vários fatores, como menor acesso ao crédito, menor formalização do contrato e dupla dupla dupla.
A revisão do telhado, com regras mais inclusivas, pode expandir oportunidades para esses empreendedores e reduzir as desigualdades históricas no mercado de trabalho.
Como é a tributação atual do MEI?
Atualmente, o microentrepreendedor individual pagou mensalmente:
- INSS: 5% do salário mínimo (R $ 75,90 em 2025)
- ISS ou ICMS: Valor fixo adicional de US $ 1 a US $ 6, dependendo da atividade
Este sistema simplificado é a principal atração do regime. Com o novo modelo progressivo, o valor pago mensalmente permaneceria acessível para a maioria dos meisMas seria ajustado Somente para aqueles que excedem o limite atual.
Reformas e expectativas: o que está acontecendo lá?
Discussões em torno do novo limite de MEI acontecem dentro do maior processo de reforma tributáriacuja primeira fase foi aprovada em 2023. A regulamentação desta reforma prevê o Unificação de impostos federais, estaduais e municipaisque pode simplificar ainda mais o sistema tributário para pequenos empreendedores.
Márcio França afirma que As mudanças no MEI devem ser anunciadas em 2025com a possibilidade de entrar em vigor no início de 2026, respeitando o princípio da prioridade tributária. O tema também tem apoio do Ministério das Finanças, que vê no modelo progressivo uma forma de expandir a coleção sem penalizar os mais pobres.
O que os especialistas dizem?

Economistas e contribuintes concordam que a atualização do limite é urgente. O congelamento do teto há mais de 10 anos é contra a inflação e a dinâmica do mercado. A taxa progressiva é vista como uma solução técnica equilibrada.
No entanto, existem desafios:
- Impacto na coleta de seguridade social
- Necessidade Ajustes no sistema IRS
- Resistência de alguns setores negócios
Mesmo assim, há consenso de que o modelo atual está esgotado e precisa de atualização urgente para manter a atratividade do MEI como uma política pública de inclusão produtiva.
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