O Indústria de cartões de pagamento no Brasil está prestes a dar um passo sem precedentes ao tentar incorporar o Pix diretamente em cartão físico. A proposta, em discussão com o Banco Central (BC)pretende transformar o cartão tradicional em um Ferramenta com três funções: crédito, débito e pixaumentando ainda mais a praticidade para o consumidor.
A ideia é simples: permita que o usuário Realizar transações via pix por aproximaçãoUsando o cartão físico como faria em compras de débito. No entanto, apesar do entusiasmo da indústria, a funcionalidade ainda depende do Publicação de um padrão pelo BC autorizando esse novo uso.
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Como Pix funcionaria no cartão?

Terceira função no mesmo plástico
O projeto consiste em adicionar o Pix como uma terceira modalidade na mesma carta em que as funções de débito e crédito. Segundo Giancarlo GrecoPresidente da bandeira Link e também de ABECS (Associação Brasileira de Companhias de Cartas de Crédito e Serviços)Isso poderia Aumente a pix por aproximaçãouma funcionalidade ainda pouco usada no país.
“Para o cliente, o pix no cartão funcionaria como a dívida – o valor sai diretamente da conta corrente. Mas para o estabelecimento, o acordo é imediato, o que representa uma vantagem significativa”, disse Greco durante o 18º Congresso de Mídia de Pagamento Eletrônico (CMEP)realizado em São Paulo.
Benefícios para comerciantes e consumidores
Para o consumidor:
- Agilidade ao pagar
- Não há necessidade de abrir o pedido bancário
- Você pode usar o mesmo cartão para três funções
Para o estabelecimento:
- Acordo instantâneo do pix
- Redução de custos com intermediários
- Queda potencial no número de fraudes
“Hoje, a dívida pode levar até dois dias para cair na conta do lojista. Com Pix, o valor é creditado em tempo real“”, Disse o executivo da ABECS.
O processamento com o banco central

O que está faltando para Pix no cartão se tornar realidade?
Implementação ainda Não é previsto no escopo atual de pixque foi desenvolvido para uso por meio de aplicativos bancários e códigos QR. Para executar os testes piloto com o novo modelo, o BC Autorização formal é essencial.
“O banco central está analisando não apenas os aspectos regulatórios, mas também os aspectos técnicos e operacionais”, Disse Greco.
A proposta já foi debatida com Bancos e bancos credenciosose agora está em avaliação do novo conselho do Banco Central, com quem o setor retomou o diálogo no início de 2025.
Pix por aproximação: a tecnologia ainda rastejando
A barreira dos dispositivos com NFC
Um dos principais obstáculos ao crescimento de Pix por aproximação é o Baixa penetração de dispositivos com tecnologia NFC (Comunicação de campo próximo), como telefones celulares ou smartwatches.
De acordo com os dados da ABECS:
- 73% dos pagamentos de aproximação No Brasil, eles são feitos cartões físicos
- Apenas 22% dos portadores de cartões Use carteiras digitais para fazer pagamentos
“Trazer o pix para o cartão de plástico é uma maneira de contornar o problema do acesso limitado à tecnologia de abordagem em smartphones”, explicou o executivo.
Segurança e potencial de inovação
Pix no cartão pode reduzir a fraude
Outro benefício apontado pela indústria é o aumento em Segurança em transações. Ao contrário do aplicativo, onde Pix depende exclusivamente do ambiente digital do banco, o cartão de chip permite Camadas de proteção adicionaisjá aplicado em crédito e débito.
“Se pudermos adaptar as ferramentas anti -materiais ao PIX, como hoje, será possível contestar uma transação fraudulenta”, disse Greco.
E as tarifas?
A questão do custo do serviço é delicada. Atualmente, o pix entre indivíduos É grátis, mas Empresas já pagam tarifasque variam de acordo com o banco.
No caso de pix no cartão, Não está definido quem pagaria pelo serviço – O lojista, o banco emissor ou o próprio consumidor.
“Isso precisa ser muito bem discutido. Podemos até falar sobre coleta de impostos, mas Somente se houver valor agregado Para todas as partes envolvidas ”, disse o presidente da ABECS.
Crescimento do uso de cartões no Brasil
Dados da ABECS em 2024
Apesar dos desafios, o O uso de cartões continua a crescer no país. Em 2024, o volume de transações de cartões alcançou:
- R $ 4,1 trilhões em pagamentos
- Média de 125 milhões de transações por dia
- Interesse -Prestação livre representou 41% das compras de crédito
- R $ 1,3 trilhão no valor movido por parcelas
Fraudes de outono
De acordo com a pesquisa da ABECS, A fraude com cartas caiu 18% em 2024, considerando o volume de transações. Em quantidade, a redução foi 15% comparado ao ano anterior.
“Isso mostra isso Investimentos de segurança e tecnologia Eles estão trabalhando e podem ser expandidos para outras formas de pagamento, como o próprio PIX ”, disse Greco.
Expectativas de mercado para 2025

O que esperar da regulamentação?
O mercado espera o Banco Central Publique um padrão específico em 2025 Para autorizar a funcionalidade de pix no cartão, estabelecendo regras para:
- Operação técnica da transação
- Segurança e autenticação
- Definição de responsabilidades entre emissoras, credenciadores e bandeiras
- Eventual Modelos tarifários
Com isso, o setor de cartas poderia Iniciar pilotos controlados em algumas regiões e com emissores selecionados.
Potencial de inclusão financeira
A proposta também pode ajudar Democratizar o acesso a pixespecialmente para:
- Pessoas sem smartphones compatíveis
- População idosa com dificuldades tecnológicas
- Pequenas negociações que ainda operam com a máquina tradicional
“É uma inovação com potencial para Inclusão financeira realNão apenas uma melhoria cosmética ”, concluiu Greco.
Considerações finais
A possibilidade de usar o Pix diretamente no cartão físico pode representar um Revolução nos meios de pagamento no Brasil. Com mais praticidade, liquidação instantânea e segurança aprimorada, a nova funcionalidade promete beneficiar consumidores, varejistas e o sistema financeiro como um todo.
No entanto, tudo ainda depende de uma etapa essencial: O endosso do banco centralque analisa com cautela os impactos técnicos e regulatórios da proposta.
Se aprovado, essa inovação pode fazer com que o PIX atinja níveis ainda mais altos de popularidadeExpandindo seu uso para o público que hoje está à margem de novas tecnologias.