Itaú Unibanco (Itub4) terminou em 2024 com um lucro líquido de R $ 40,2 bilhões, tornando -se a empresa mais lucrativa de B3 e superando gigantes como Petrobras (Petr3; Petr4) e Vale (Vale3). Esse resultado marca um novo recorde no setor bancário brasileiro, refletindo a força e a resiliência do sistema financeiro nacional.
A última vez que um banco ocupou o topo do ranking foi em 2017, quando o próprio ITAU registrou um lucro de US $ 23,9 bilhões. Nos anos seguintes, o protagonismo foi dividido entre Petrobras e Vale, com a empresa de propriedade do Estado atingindo um marco histórico em 2022, registrando um lucro de R $ 188,3 bilhões.
A conquista de Itaú Unibanco em 2024 reforça a importância do setor bancário na economia brasileira, além de destacar o impacto das estratégias digitais e a diversificação de receita no desempenho financeiro.
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O domínio do setor bancário em B3

Os bancos brasileiros sempre tiveram um papel de destaque na Bolsa de Valores. Entre 2017 e 2024, as instituições financeiras estavam entre as B3 mais lucrativas em várias ocasiões. Em alguns anos, eles até ocupavam quatro das cinco principais posições no ranking dos maiores lucros.
Essa força do setor bancário pode ser explicada por vários fatores, como a alta lucratividade das operações, a diversificação de produtos e o aumento da digitalização dos serviços financeiros. Mesmo com a concorrência de fintechs e bancos digitais, as grandes instituições tradicionais continuam a dominar o mercado, impulsionado por sua base de clientes consolidados e alta margem operacional.
No caso de ItaúO crescimento do lucro reflete uma estratégia bem -sucedida de inovação tecnológica e expansão de seu portfólio de crédito, bem como gerenciamento de riscos eficientes em um cenário econômico mais estável.
Petrobras e Vale: os pilares da economia real
Se os bancos são um dos principais apoiadores da bolsa de estudos, Petrobras e Vale representam a força da economia real, agindo em setores estratégicos, como petróleo e mineração.
Em 2024, a Petrobras registrou um lucro de R $ 36,6 bilhões, garantindo a segunda posição no ranking B3. Já Vale, que liderou a lista em 2020 e 2021, terminou o ano em quarto lugar. Ambas as empresas continuam sendo referências de solidez e lucratividade, especialmente para investidores focados em dividendos e previsibilidade.
Petrobras e o impacto do petróleo
O desempenho da Petrobras está diretamente ligado à variação nos preços do petróleo no mercado internacional. Nos últimos anos, a empresa de propriedade do Estado adotou os lucros significativos e os períodos de volatilidade, influenciados pelo cenário externo e pelas políticas de governança interna e pela distribuição de dividendos.
Mesmo com desafios como a transição de energia global e a concorrência de fontes renováveis, a Petrobras continua sendo um dos principais geradores de caixa do B3.
Vale e demanda geral por minério
A Vale, por sua vez, tem sua lucratividade ligada à demanda mundial por minério de ferro, especialmente a China, que continua sendo seu maior comprador. O desempenho da empresa reflete a oscilação de preços de commodities, bem como fatores como custos de produção e desafios operacionais.
Embora tenha perdido a liderança da lucratividade nos últimos anos, a empresa de mineração segue um dos mais lucrativos B3 e mantém uma forte presença internacional.
Desafios e perspectivas para Itaú e o mercado brasileiro

A retomada de Itaú Unibanco até o topo da lucratividade B3 sinaliza um novo momento para o setor bancário, que pode continuar a crescer nos próximos anos, impulsionado pela digitalização, aumento do crédito e uma economia mais estável. No entanto, existem desafios importantes no caminho, como concorrência com bancos digitais, incertezas de políticas monetárias e eventuais mudanças regulatórias.
Para Petrobras e Vale, a principal preocupação segue a volatilidade dos preços das commodities e os impactos de fatores externos, como o crescimento da economia chinesa e as decisões da OPEP na produção de petróleo.
O evidente é que o B3 ainda é dominado por setores estratégicos, com empresas que podem equilibrar a eficiência, a inovação e a adaptação ao cenário econômico. Itaú Unibanco, atingindo um lucro recorde de R $ 40,2 bilhões, reafirma seu protagonismo no mercado financeiro brasileiro e abre caminho para uma nova fase de competição entre os gigantes da bolsa de estudos.
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