O segundo trimestre de 2025 aborda com perspectivas mais otimistas para o mercado de trabalho brasileiro. De acordo com a Pesquisa de Expectativa de Emprego, realizada trimestralmente pelo grupo de trabalho, 48% dos empregadores do país planejam aumentar sua força de trabalho entre abril e junho deste ano. Esse número representa um adiantamento de quatro pontos percentuais em comparação com o primeiro trimestre de 2025.
A pesquisa, que ouviu 1.050 empresas no Brasil, posiciona o país em 12º lugar no ranking global das expectativas líquidas. Esse índice é calculado subtraindo a porcentagem de empregadores que desejam reduzir a equipe daqueles que esperam aumentar. Para o Brasil, essa taxa é de 26% no período analisado, uma ligeira redução de 1% no trimestre anterior.
Setores destacados

A tecnologia da informação leva o crescimento
Entre os setores com as maiores expectativas de contratação, a área de tecnologia da informação (TI) se destaca a uma taxa de 39%. Logo depois, o setor de serviços de comunicação com 38%aparece. Até o trimestre anterior, o setor de energia e utilidade pública ocupou a segunda posição, mas perdeu espaço.
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O crescimento da indústria de TI reflete um movimento global, impulsionado pela adoção de novas tecnologias e pela consolidação da inteligência artificial. No entanto, o entusiasmo por contratar descolores em um problema recorrente: a escassez de talentos qualificados.
Dificuldade em preencher vagas
Um segundo estudo de Grupo de ManpowerTambém divulgado em 2025, mostra que 84% dos empregadores de TI relatam dificuldade em encontrar profissionais treinados. As habilidades mais escassas, de acordo com os dados, estão nela e dados, com 39% das empresas apontando dificuldades nesse campo.
Esse cenário apresenta um paradoxo: embora exista uma alta demanda por talentos tecnológicos, também há uma escassez de profissionais preparados para ocupar essas vagas. A situação aponta para a necessidade de investimentos em treinamento e treinamento técnico.
Regiões com a maior expectativa de contratação
São Paulo e Rio de Janeiro na frente
A pesquisa também revela quais estados levam a intenções de contratação. São Paulo aparece primeiro, com 50% dos empregadores prevendo um aumento no número de funcionários. O Rio de Janeiro vem a seguir, com 34%.
Por outro lado, Paraná, que liderou o ranking no trimestre anterior, com 32%, tem uma queda significativa, atingindo apenas 23% das expectativas de contratação no segundo trimestre de 2025.
Demanda regional e desigualdade de oportunidades
A disparidade entre os estados mostra a concentração de oportunidades em regiões mais industrializadas e economicamente desenvolvidas. Enquanto capital como São Paulo e Rio atrai investimentos, outras regiões continuam enfrentando desafios para estimular a empregabilidade.
Muito pesado
Globalmente, 40% das empresas consultadas pelo ManpowerGroup indicaram a intenção de contratar nos próximos meses. A expectativa média líquida de emprego no mundo é de 25%, um número semelhante ao do Brasil.
A região da Ásia -Pacífico lidera com uma média de 30%, seguida pelas Américas (29%) e Europa e Oriente Médio (20%). Entre os países com intenções de contratação mais altas estão a Índia (43%), os Estados Unidos (34%) e o México (33%).
Por outro lado, algumas economias enfrentam retração nas expectativas. A Grécia (7%), a Romênia (6%) e a Argentina (0%) estão entre os países com previsões mais fracas para novas contratações.
Fatores econômicos e políticos influenciam as projeções
As variações nas expectativas de contratação refletem diretamente o cenário econômico e político de cada país. No caso do Brasil, apesar das incertezas iniciais de 2025, o mercado começa a apresentar maior confiança à medida que o ano avança.
De acordo com o diretor do ManpowerGroup Brasil, Nilson Pereira, o primeiro trimestre tende a ser mais cauteloso por causa do início do início do ano. No entanto, com o avanço dos meses, as empresas consolidam estratégias e fazem investimentos em recursos humanos.
Tendências e perspectivas para o mercado de trabalho

A transformação digital segue como o principal vetor de crescimento na contratação, especialmente no setor de tecnologia. Os dados da Avanade, uma empresa global de soluções digitais, apontam que 51% das empresas brasileiras planejam aumentar os orçamentos focados na inteligência artificial geral em 2025.
Essa tendência contribui diretamente para a descarga da contratação de tecnologia, ciência de dados e especialistas em segurança cibernética. O aumento dos ataques cibernéticos também pressionou o mercado a procurar profissionais mais qualificados para proteger os sistemas corporativos.
O investimento em treinamento é fundamental
Diante da escassez de talentos, aumenta a necessidade de investimento em treinamento e requalificação profissional. Programas de treinamento técnico, parcerias com universidades e políticas públicas destinadas à educação tecnológica podem ser determinantes para equilibrar a oferta e a demanda por profissionais especializados.
As organizações que sabem como antecipar e desenvolver talentos poderão avançar na corrida pela inovação e competitividade no mercado.
Considerações finais
O segundo trimestre de 2025 foi projetado como um período de otimismo moderado para o mercado de trabalho brasileiro. O aumento da expectativa de contratação, especialmente em setores estratégicos, como a tecnologia, revela um movimento positivo no cenário corporativo, apesar dos desafios persistentes relacionados à escassez de talentos.
São Paulo e Rio de Janeiro são consolidados como centros dinâmicos de geração de empregos, enquanto o resto do país ainda tem dificuldade em acompanhar o ritmo do crescimento. No nível internacional, o Brasil permanece alinhado com a média global, reforçando seu potencial competitivo diante de mercados mais maduros.