O grupo de ação especial para combater o crime organizado (GAECO) revelou na terça -feira (15) informações cruciais sobre a Ostentation, que investiga uma gangue especializada em fraude contra instituições financeiras. O grupo é suspeito de desviar cerca de US $ 25 milhões de Inter -bancousando contas abertas com documentos falsificados.
A operação mobilizou agentes em várias cidades do interior de São Paulo, como Pitanguiras, Paradise, BebedoUro, Barretos e Catanduva, e focou em membros de duas famílias de Monte Azul Paulista, apontou como líderes da organização criminosa.
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De acordo com o promotor Fabio Meneguelo Sakamoto, os crimes ocorreram entre janeiro e fevereiro de 2021. Nesse curto período, o grupo criminal realizou 414 transações bancárias fraudulentas, através de contas criadas com dados falsos de indivíduos e entidades legais.
Abuso de falhas sistêmicas
Os criminosos aproveitaram as falhas de segurança no sistema bancário digital para mover e desviar os valores milionários. De acordo com Sakamoto, o uso de documentos falsos, associados à exploração de brechas no sistema, foi essencial para que os golpes ocorram sistematicamente e rapidamente.
“Eles usaram documentos falsos, criaram indivíduos e pessoas jurídicas com um documento falso. Então começaram a fraudar o banco dessa maneira”, disse o promotor.
Os criminosos também usaram cartões de terceiros para mover os valores desviados, tornando ainda mais difícil rastrear operações.
Entenda o ‘modus operandi’ da gangue
A gangue estabeleceu um verdadeiro esquema de falsificação profissional, com foco na abertura de contas bancárias falsas para desviar o dinheiro diretamente do sistema financeiro. Os investigados foram organizados em estágios bem definidos:
Etapas de fraude
1. Falsificação documental
A primeira fase envolveu a falsificação de documentos pessoais, como RGs, CPFs, contratos sociais e prova de residência. Esses documentos foram usados para criar identidades ficcionais ou falsificar dados reais de pessoas.
2. Abertura de contas falsas
Com os documentos falsos, o grupo abriu o Banco Inter em nome de indivíduos e entidades legais. O processo de abertura digitalmente feito foi facilitado pela ausência de validações biométricas eficazes na época.
3. Transações simuladas
Uma vez abertos, essas contas foram usadas para fazer transações simuladas, transferindo valores entre si ou para laranjas de terceiros. Em alguns casos, eles usaram pix, TED e tiras bancárias como mecanismos para acelerar os desvios.
A falha do sistema favoreceu o golpe
O Banco Inter, apesar de não divulgar detalhes técnicos, confirmou que o golpe explorou uma vulnerabilidade que já foi corrigida. A GAECO indicou que a gangue funcionou com precisão, demonstrando conhecimento técnico e estratégico sobre o funcionamento interno da instituição financeira.
Operação Ostentação: Ações e convulsões

Para desmantelar o grupo, a abertura da operação era conformidade com 19 mandados de busca e apreensão e um mandado de detenção pré -quadriada. As ações ocorreram simultaneamente em cinco cidades no interior de São Paulo.
Materiais apreendidos
Durante a operação, os agentes apreenderam:
- Telefones celulares
- Cartões bancários
- Computadores e dispositivos eletrônicos
- Vários documentos
- Dinheiro
Além disso, o tribunal ordenou o bloqueio de ativos dos investigados, incluindo propriedades, veículos de luxo e contas bancárias.
O nome da operação reflete ostentação nas redes
O nome da ação alude ao estilo de vida dos investigados. Segundo o promotor, os membros de gangues exibidos nas redes sociais carros de luxo, relógios caros e viagens internacionais, contrastando com a renda formalmente declarada.
Banco Inter: Perda Assuvada pela Instituição
Em uma nota oficial, o Banco Inter disse que os clientes não foram prejudicados. A instituição esclareceu que o episódio foi pontual e isolado, e que houve uma compensação total dos valores desviados sem impacto direto para os detentores de contas.
“O banco interpreta o relatório relatado ocasionalmente, por mais de cinco anos, sem nenhum preconceito a seus clientes. A instituição reforça que constantemente investe na melhoria de suas políticas e sistemas de segurança, de acordo com as leis e regulamentos atuais, para garantir a integridade das transações realizadas em seu aplicativo”.
Investimentos de segurança digital
O banco também enfatizou que, desde o incidente, Investimentos robustos em CiberSegressincluindo:
- Validação biométrica obrigatória
- Monitoramento inteligente de transações
- Parcerias com empresas de tecnologia antifraude
Gangue da família: dois núcleos de Monte Azul Paulista
Segundo os promotores, a organização criminosa era composta por membros de duas famílias na cidade de Monte Azul Paulista. Os laços familiares facilitaram a cooperação interna e a confiança entre os envolvidos, o que fortaleceu a estrutura do grupo.
A ação conjunta dessas famílias foi altamente coordenada. As investigações apontam que alguns dos envolvidos já tinham registros criminais, que levantaram suspeitas e levaram ao início da investigação.
Responsabilidade e próximos passos

As investigações ainda estão em andamento, e as envolvidas podem ser responsáveis por crimes como estelionato, organização criminosa, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e fraude bancária.
O Serviço de Promotoria Pública também analisa as informações coletadas para expandir o número de acusados e identificar possíveis cúmplices, incluindo funcionários que podem ter facilitado ou ignorado sinais de fraude.
Impacto no combate ao crime financeiro
A Ostentação da Operação é considerada uma ação exemplar no combate ao crime organizado financeiro. Especialistas em segurança bancários apontam que o caso destaca a importância de:
- Reforçar os sistemas anti -fraud dos bancos digitais
- Estimular uma maior supervisão sobre transações incomuns
- Invista em inteligência artificial para análise padrão de risco
Conclusão
A revelação de fraude milionária contra o Banco Inter traz à tona os desafios enfrentados pelas instituições financeiras em tempos de digitalização acelerada. Apesar dos danos, o caso reforça a necessidade de estratégias de segurança mais robustas, especialmente na prevenção da abertura de contas com documentos falsos.
O desempenho da Gaeco, juntamente com a Polícia Civil e o Serviço de Promotoria Pública, mostra que a luta contra o crime financeiro exige integração, tecnologia e firmeza na punição dos responsáveis.