Americanos estão copiando o famoso jeitinho brasileiro de comprar parcelado


A economia americana está experimentando um momento de adaptação. Após décadas de estabilidade inflacionária, os Estados Unidos enfrentaram um aumento significativo no custo de vida nos últimos anos, levando os consumidores a adotar novas estratégias para manter o padrão do consumidor. Uma dessas mudanças tem um nome e sobrenome conhecido por muitos brasileiros: a parcela.

Até recentemente, a parcela era uma prática incomum na vida cotidiana dos americanos. No Brasil, dividir o valor de uma compra várias vezes sem juros está culturalmente enraizado. Nos EUA, isso começou a mudar com o preço.

A subida da inflação americana

Dois dados, um um no outro. O de cima acima possui o símbolo percentual, enquanto o fundo possui duas setas, uma para cima e para baixo. Etanha da inflação do IPC
Imagem: Dmitry Demevich / Shutterstock.com

Uma história de estabilidade

Durante os cinco anos anteriores à pandemia CoVid-19, a inflação nos Estados Unidos permaneceu abaixo de 2% ao ano-um exemplo de estabilidade macroeconômica. O objetivo do Federal Reserve (Alimentado), equivalente ao nosso banco central, sempre foi manter esse índice.

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Gradual, mas ainda presente

Desde então, o índice começou a desacelerar gradualmente, atingindo níveis abaixo de 3% apenas recentemente. Apesar da melhoria, os consumidores dos EUA ainda sentem os efeitos do preço alto – e o comportamento de compra mudou.

O boom de “Compre agora, pague mais tarde”

O que é “comprar agora, pagar mais tarde”?

O modelo “Comprar agora, pagar mais tarde” (BNPL), traduzido como “comprar agora, pagar mais tarde”, vem ganhando destaque nos Estados Unidos. Esta é uma alternativa ao cartão de crédito tradicional, onde o consumidor pode dividir o pagamento de uma compra em parcelas fixas, geralmente sem juros.

Como funciona na prática

Ao contrário do Brasil, onde a parcela é feita diretamente pelo cartão, na BNPL a dívida ocorre diretamente na conta bancária do cliente. Plataformas como Afirm, Klarna, AfterPay e Sezle são algumas das empresas que oferecem esse serviço. Ao fazer uma compra on -line, o consumidor pode optar por dividir o valor em quatro ou mais parcelas, pago em semanas consecutivas ou mensais.

Crescimento rápido

Os relatórios do setor apontam que o uso do BNPL nos Estados Unidos aumentou mais de 50% entre 2021 e 2024. Grandes varejistas como Amazon, Walmart e Apple já oferecem esse tipo de pagamento, destacando a consolidação do modelo no comércio digital.

O caminho brasileiro em solo americano

A cultura parcelada no Brasil

No Brasil, a parcela faz parte da vida cotidiana. De aparelhos a roupas, o consumidor é usado para comprar 6, 10 ou até 12 vezes sem interesse. Essa prática permite um maior acesso ao consumo, especialmente em tempos de inflação e crédito restrito.

Influência direta ou coincidência?

Embora não haja admissão oficial, a semelhança entre o BNPL e a parcela brasileira é inegável. Ambas as práticas visam aliviar o impacto de uma compra de alto valor, dando tempo ao consumidor para pagar sem recorrer a crédito rotativo – notoriamente mais caro.

O que muda entre os dois sistemas

Aspecto Brasil Estados Unidos (BNPL)
Meios de pagamento Cartão de crédito Dívida bancária via plataforma BNPL
Parcelas Mensalmente (até 12x, às vezes mais) Semanal ou mensal (geralmente 4x)
Tarifas Muitas vezes sem interesse Sem interesse nas versões básicas
Acesso Inclusive para todas as faixas Requer pontuação de crédito e histórico
Disponibilidade Presente em lojas físicas e online Mais comum no comércio eletrônico

Riscos e alertas

Endividamento silencioso

Apesar das aparentes vantagens, o modelo BNPL preocupa os analistas. Como não aparece imediatamente nos relatórios de crédito tradicionais, muitos consumidores acabam contratando várias parcelas ao mesmo tempo, sem controle.

Regulamento do debate

Nos EUA, o uso generalizado do BNPL levou o governo a discutir medidas de regulamentação. A preocupação é que esse sistema, embora seja útil no curto prazo, possa levar a um endividamento não controlado, semelhante ao que acontece com o crédito rotativo.

Um novo hábito que está aqui para ficar?

Cartões empilhados em um teclado representando juros sem interesse.
Imagem: Soumen82hazra / shuttertock.com

O cenário atual indica que os americanos estão cada vez mais abertos aos formulários de pagamento anteriormente considerados exóticos lá. E embora o método ainda esteja longe da variedade e flexibilidade da parcela brasileira, ele já é uma poderosa ferramenta de consumidor.

Perguntas frequentes

O que é comprar agora, pagar mais tarde (BNPL)?
É um sistema parcelado no qual o consumidor divide o pagamento de uma compra em parcelas fixas, geralmente sem juros, com débito direto na conta bancária.

Este sistema é seguro?
Sim, desde que o consumidor mantenha o controle sobre parcelas ativas. O risco é assumir várias dívidas simultaneamente.

O BNPL é usado apenas nos EUA?
Não. O modelo já existe em vários países, mas recentemente ganhou força nos EUA por causa da inflação e digitalização de varejo.

Os americanos estão realmente adotando a maneira brasileira?
Em partes, sim. O hábito de instalar compras se aproxima da cultura brasileira, embora com diferenças operacionais.

Considerações finais

A digitalização comercial acelerada e a pressão econômica podem tornar o BNPL ainda mais sofisticado. As empresas de tecnologia financeira já estão estudando integrando esses sistemas com o varejo físico, tornando as partes parceladas parte da vida cotidiana americana.

O aumento do consumo baseado na parcela pode ter implicações para a economia como um todo. Mais consumo pode aquecer a economia – e paradoxalmente contribuir para manter a alta inflação. O desafio do Federal Reserve será equilibrar esse cenário com taxas de juros e estímulos tributários.



Fonte Seu Crédito Digital

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