Para o fraude No Brasil, eles atingiram um nível alarmante em 2024, conforme apontado para uma nova pesquisa da Seasa Experian. Segundo o estudo, 51% da população foi vítima de algum tipo de golpe nos últimos 12 meses – um salto significativo em comparação com os 41,5% registrados em 2023.
Ainda mais preocupante é que 54,2% dessas vítimas relataram perdas financeiras reais, indicando que a sofisticação e a eficácia dos golpes foram preocupantes.
Leia mais:
Bitcoin: a nova reserva de valor? Secretário do Tesouro dos EUA afirma que a criptomoeda rivais com ouro
Um cenário que requer atenção extra

O indicador de tentativas de fraude da Serraa também revelou que o número total de tentativas registradas no país excedeu 11 milhões em 2024, representando um crescimento de quase 10% em comparação com o ano anterior.
Esses dados refletem uma realidade que afeta consumidores e empresas, exigindo maior atenção, prevenção e investimento em segurança digital.
Tipos mais comuns de fraudes em 2024
Os cartões de crédito continuam sendo os principais alvos
A fraude no cartão de crédito ainda é a mais comum no Brasil. Os golpistas usaram táticas cada vez mais sofisticadas, como:
- Enviando links falsos por e -mail ou redes sociais
- Chamadas que passam por bancos para “verificação de dados”
- Cópias de sites e aplicativos com aparência realista
A facilidade de obter dados pessoais e manipulação de vítimas em tempos de vulnerabilidade são fatores que facilitam esse tipo de crime.
Fraude com pix e slips falsos especialistas preocupados
As transações via pix, por sua instantânica, têm sido uma placa completa para criminosos. Muitas pessoas transferem valores sem verificar corretamente os dados do destinatário. Situação semelhante ocorre com deslizamentos falsos, frequentemente enviados por email ou WhatsApp de aparência legítima, levando os consumidores a pagar por serviços ou produtos inexistentes.
Roubo de identidade e abertura da conta
Outro golpe recorrente é o roubo de identidade para abrir contas, empréstimos ou financiamento em nome de terceiros. Os criminosos usam dados vazados ou capturados incorretamente para aplicar fraudes complexas, que podem levar meses para detectar.
O que os especialistas dizem sobre prevenção e segurança

Recuperação de valores: nem sempre possível
Luiz Felipe Morra, gerente executivo da Seasa, explica que, em alguns casos, é possível reverter perdas. “As pessoas podem recuperar valores perdidos quando a transação com cartão de crédito ocorre sem ciência. Tanto as lojas quanto as empresas de sistemas financeiros envolvidos em uma transação com cartão de crédito têm mecanismos de análise e disputa”, diz ele.
No entanto, é um aviso importante: recuperações de valores por pix ou slips falsos são praticamente inviáveis. “É muito importante que a pessoa, antes de fazer um pix, tenha certeza absoluta de se transferir para a pessoa ou instituição correta”, diz ele.
Como se proteger de golpes financeiros
Práticas recomendadas por especialistas
- Nunca compartilhe códigos ou senhas por telefone
- Desconfie de contatos não Quitados, especialmente por redes sociais
- Sempre confirme dados de pagamento antes das transferências
- Mantenha seus dispositivos com antivírus e aplicativos atualizados
- Inscreva -se para serviços de aviso de CPF e movimentos financeiros
Tecnologias de prevenção adotadas por empresas
O Die destaca os esforços do setor financeiro: “soluções como identificação de dispositivos, biometria facial, análise de documentos e dados de registro estão sendo aplicados pela grande maioria das empresas, que estruturaram áreas para aplicar essas estratégias e proteger o consumidor final”.
O papel do consumidor na segurança digital
Embora os bancos e fintechs investem constantemente com segurança, o consumidor continua sendo a primeira linha de defesa contra fraude. O acesso facilitado à Internet, combinado com o uso intensivo de redes sociais e aplicativos de pagamento, torna as pessoas segmentarem constantes.
A educação digital é essencial
Os especialistas defendem a importância dos programas de educação digital que ajudam a população a identificar sinais de possível fraude. Isso inclui reconhecer mensagens suspeitas, desconfiar promessas exageradas e não clicar em links não qualificados.
O vazamento de dados agrava a situação
Outro fator que gera fraude no Brasil é o crescente número de vazamentos de dados. Com CPF, telefone, endereço e até fotos de documentos em mãos, os criminosos têm ferramentas suficientes para simular transações legítimas.
Os golpes são mais profissionais e organizados

O aumento de golpes também está relacionado à profissionalização do crime cibernético. Muitas das gangues especializadas trabalham com uma hierarquia bem definida e têm especialistas em tecnologia, design e engenharia social.
Redes sociais como um vetor de fraude
Plataformas como WhatsApp, Instagram e Facebook foram usadas como um meio de disseminação de golpe. De anúncios falsos a contas de clonagem, o ambiente digital tornou -se um terreno fértil para ações criminosas.
Empréstimo falso e golpes de investimento milagrosos
As promessas de empréstimos sem consulta com o SPC ou ganhos rápidos de criptomoeda também estão entre os golpes mais relatados. Nos dois casos, os golpistas usam confiança e vulnerabilidade financeira para induzir as vítimas a erros.
Como denunciar e onde procurar ajuda
Canais oficiais de denúncia
Qualquer pessoa que seja vítima de fraude deve procurar ajuda o mais rápido possível. Os principais canais são:
- Delegacias de polícia (incluindo delegacias de polícia virtuais)
- Procon
- Banco Central (em casos envolvendo instituições financeiras)
- SERASA e SPC (para monitorar o CPF)
Ferramentas de monitoramento gratuitas
Plataformas como o Serraa Antifraude permitem que o consumidor receba alertas de tempo real sobre movimentos suspeitos com seu CPF, ajudando a agir rapidamente em caso de fraude.
Considerações finais
A realidade revelada pela pesquisa de Seasa é preocupante: mais da metade dos brasileiros sofria de fraude em 2024, e mais da metade dessas vítimas teve perdas financeiras. O crescimento dos golpes, sua sofisticação e a dificuldade em recuperar valores exigem mudanças urgentes nos hábitos de segurança digital da população.
Embora o sistema financeiro investe em tecnologia e prevenção, também cabe ao cidadão desenvolver uma posição mais crítica e cuidadosa em suas transações on -line. Afinal, em tempos de crescente fraude, a melhor defesa continua sendo a informação.