O mercado imobiliário brasileiro começou 2025 com sinais claros de reaquecimento. Dados recentes do índice de venda residencial da Fipezap revelam que os preços das propriedades residenciais à venda aumentaram 1,87% no primeiro trimestre do ano.
A ascensão foi registrada em 54 das 56 cidades monitoradas, incluindo 21 das 22 capitais. Destaque para João Pessoa (PB), que teve a maior elevação entre as capitais no período, com um aumento de 6,07%.
Panorama nacional do mercado imobiliário em 2025

Alto acima da inflação e IGP-M
A apreciação do setor imobiliário em Brasil Excedeu a taxa de inflação oficial, o IPCA (2,12% no período) e o IGP-M (0,99%), o que é tradicionalmente associado a ajustes de aluguel. Esse movimento reflete uma retomada de interesse no mercado imobiliário, com aquecimento em várias regiões do país.
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Capitais em destaque no trimestre
Entre as capitais, além de João Pessoa, Salvador (BA) e Vitória (ES) se destacaram com alta 5,52% e 5,44%, respectivamente. Por outro lado, Aracaju (SE) foi uma exceção com uma queda de 0,94% nos preços.
Preço médio por metro quadrado
Em março, o preço médio nacional por metro quadrado atingiu R $ 9.185. O maior aumento no mês ocorreu em propriedades de um quarto, com apreciação de 0,65%, enquanto unidades com quatro ou mais salas registraram o aumento mais baixo (0,48%).
Cidades com metro quadrado mais caro
A liderança em valores absolutos não está entre as capitais. Balneário Camboriú (SC) ocupa o topo do ranking nacional, com uma média de R $ 14.334/m², seguida por Itapema (SC), com R $ 13.848/m². Veja abaixo as 10 cidades com os valores mais altos:
Cidade | Valor/m² (r $) |
---|---|
Balneário Camboriú | 14.334 |
Itapema | 13.848 |
Vitória | 12.920 |
Itajaí | 12.376 |
Florianópolis | 12.126 |
São Paulo | 11.497 |
Barueri | 11.044 |
Curitiba | 10.936 |
Rio de Janeiro | 10.459 |
Belo Horizonte | 9.835 |
Capitais com valor mais alto por metro quadrado
Entre os capitais, Vitória é a mais cara, seguida por Florianópolis e São Paulo. Nessas cidades, um apartamento de 50 m² pode custar entre US $ 575 mil e US $ 650 mil.
Variação acumulada em 12 meses
Ao considerar os últimos 12 meses, a apreciação nacional média foi de 8,13%. Novamente, as propriedades de um quarto lideraram, um aumento de 9,28%. Veja as capitais com os maiores aumentos no período:
Capitais com maior apreciação em 12 meses
Cidade | Apreciação (%) |
Salvador | 19.62 |
João Pessoa | 18.39 |
Vitória | 15.95 |
Curitiba | 15.52 |
Belo Horizonte | 13.68 |
ARACAJU | 12.92 |
Força | 12.23 |
Cuiabá | 11.20 |
Belém | 10.38 |
Florianópolis | 10.22 |
Capitais com menos apreciação
Cidade | Apreciação (%) |
Rio de Janeiro | 4.24 |
Recife | 3.86 |
Análise do tipo de propriedade
As unidades com um quarto estão entre as mais procuradas, possivelmente porque se adaptam melhor ao perfil de jovens investidores e singles. Propriedades maiores, apesar de terem um valor total maior, tiveram avaliações mais discretas.
Fatores que geram preços
Crescente demanda em cidades médias
Cidades como João Pessoa e Salvador atraíram cada vez mais residentes e investidores, por qualidade de vida ou por um custo de vida relativamente menor em comparação a centros como São Paulo e Rio de Janeiro.
Atração do investidor
Lugares com alta demanda turística, como Balneário Camboriú, foram vistos como opções interessantes para aluguel de curta duração, aumentando o interesse dos investidores.
Infraestrutura e segurança
Os investimentos em mobilidade, saneamento e segurança também contribuem para a apreciação do setor imobiliário, especialmente nas cidades do sul e sudeste.
Previsões para o mercado em 2025

Especialistas apontam que o segundo semestre pode manter a tendência de apreciação, embora com um ritmo mais moderado. Espera -se que o banco central mantenha a queda da taxa de juros básica, favorecendo o crédito imobiliário.
Considerações finais
O mercado imobiliário brasileiro segue um ritmo de apreciação, com ênfase nas capitais das cidades do nordeste e do sul com forte apelo turístico e crescente infraestrutura. Investidores e compradores devem observar cuidadosamente as tendências regionais e o comportamento de interesse ao longo do ano. A diversificação dos destinos e o foco no setor imobiliário compacto indicam mudanças nos padrões de consumo imobiliário no Brasil em 2025.